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Intervalo de ano
1.
aSEPHallus ; 28(36): 130-136, maio-out.2023.
Artigo em Francês | LILACS | ID: biblio-1512449

RESUMO

Jeune étudiant en philosophie à Caen, Yann Andréa qui s'appelle encore Yann Lemée, découvre l'écriture de Marguerite Duras, instantanément galvanisé par l'expérience, il se met à lui écrire, presque tous les jours, parfois plusieurs fois par jour, par paquets, sans attente de réponse. Touchée par la puissance de Yann, Duras lui répond, lui dédie une œuvre et finit par partager sa vie avec lui. Il s'agit d'un amour qui n'est pas habillé par le fantasme mais qui est resserré autour d'un point de réel, l'écriture. Sophie Marret-Maleval prend le couple Duras/Andréa en exemple pour illustrer par la négative l'inexistence du rapport sexuel : la fonction d'agrafe de l'amour, qui s'écrit S1-a, serait réalisée dans ces moments d'écriture à travers leurs positions subjectives respectives : M. Duras en place de produire les S1 et Y. Andréa au lieu de l'objet


Jovem estudante de filosofia em Caen, Yann Andréa, então conhecido como Yann Lemée, descobre a escrita de Marguerite Duras e, instantaneamente galvanizado pela experiência, começa a escrever para ela, quase todos os dias, às vezes várias vezes ao dia, em pacotes, sem esperar por uma resposta. Tocada pela força de Yann, Duras lhe responde, dedica uma obra a ele e acaba compartilhando sua vida com ele. Trata-se de um amor que não é vestido pelo fantasma, mas que é apertado em torno de um ponto de realidade, a escrita. Sophie Marret-Maleval utiliza o casal Duras/Andréa como exemplo negativo para ilustrar a inexistência da relação sexual: a função de ligação do amor, expressa como S1-a, é realizada nesses momentos de escrita através de suas posições subjetivas respectivas: M. Duras no lugar de produzir os S1 e Y. Andréa no lugar do objeto.


A young philosophy student in Caen, Yann Andréa, still known as Yann Lemée, discovers the writing of Marguerite Duras, instantly galvanized by the experience, begins to write to her, almost every day, sometimes several times a day, in packages, without expecting a response. Touched by Yann's power, Duras replies to him, dedicates a work to him, and eventually shares her life with him. This is a love that is not clothed in fantasy but is centered around a point of reality: writing. Sophie Marret-Maleval uses the Duras/Andréa couple as a negative example to illustrate the absence of the sexual relationship: the function of bonding that love performs, expressed as S1-a, is realized in these moments of writing through their respective subjective positions: M. Duras in the position of producing the S1 and Y. Andréa in the place of the object


Assuntos
Carta , Coito
2.
aSEPHallus ; 28(36): 130-136, maio-out.2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1512458

RESUMO

Jovem estudante de filosofia em Caen, Yann Andréa, então conhecido como Yann Lemée, descobre a escrita de Marguerite Duras e, instantaneamente galvanizado pela experiência, começa a escrever para ela, quase todos os dias, às vezes várias vezes ao dia, em pacotes, sem esperar por uma resposta. Tocada pela força de Yann, Duras lhe responde, dedica uma obra a ele e acaba compartilhando sua vida com ele. Trata-se de um amor que não é vestido pelo fantasma, mas que é apertado em torno de um ponto de realidade, a escrita. Sophie Marret-Maleval utiliza o casal Duras/Andréa como exemplo negativo para ilustrar a inexistência da relação sexual: a função de ligação do amor, expressa como S1-a, é realizada nesses momentos de escrita através de suas posições subjetivas respectivas: M. Duras no lugar de produzir os S1 e Y. Andréa no lugar do objeto


eune étudiant en philosophie à Caen, Yann Andréa qui s'appelle encore Yann Lemée, découvre l'écriture de Marguerite Duras, instantanément galvanisé parl'expérience, il se met à lui écrire, presque tous les jours, parfois plusieurs fois par jour, par paquets, sans attente de réponse. Touchée par la puissance de Yann, Duras lui répond, lui dédie une œuvre et finit par partager sa vie avec lui. Il s'agit d'un amour qui n'est pas habillé par le fantasme mais qui est resserré autour d'un point de réel, l'écriture. Sophie Marret-Maleval prend le couple Duras/Andréa en exemple pour illustrer par la négative l'inexistence du rapport sexuel : la fonction d'agrafe de l'amour, qui s'écrit S1-a, serait réalisée dans ces moments d'écriture à travers leurs positions subjectives respectives : M. Duras en place de produire les S1 et Y. Andréa au lieu de l'objet


A young philosophy student in Caen, Yann Andréa, still known as Yann Lemée, discovers the writing of Marguerite Duras, instantly galvanized by the experience, begins to write to her, almost every day, sometimes several times a day, in packages, without expecting a response. Touched by Yann's power, Duras replies to him, dedicates a work to him, and eventually shares her life with him. This is a love that is not clothed in fantasy but is centered around a point of reality: writing. Sophie Marret-Maleval uses the Duras/Andréa couple as a negative example to illustrate the absence of the sexual relationship: the function of bonding that love performs, expressed as S1-a, is realized in these moments of writing through their respective subjective positions: M. Duras in the position of producing the S1 and Y. Andréa in the place of the object


Assuntos
Filosofia , Carta , Coito , Fantasia , Amor
3.
Rev. Subj. (Impr.) ; 18(2): 59-67, maio-ago. 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-990489

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade examinar certa faceta da polêmica que gira em torno dos termos diferença dos sexos, gênero e diferença sexual em repercussão no campo psicanalítico. Inicialmente, versa sobre a incorporação de gender como instrumento da pesquisa sobre a sexualidade efetuada por Robert Stoller. Sua tese a respeito do núcleo de identidade de gênero foi analisada por Judith Butler e serviu-lhe de contraponto para o desenvolvimento de sua noção de performatividade de gênero. Acompanhamos a polêmica concernente à noção de diferença sexual em psicanálise. Se, por um lado, é interpretada pelos estudos de gênero como mantenedora duma norma binária que é avessa à multiplicidade; por outro, tem o mérito de resguardar o termo sexo, justamente este que é excluído do espectro contemplado por gênero e é exaltado pelo feminismo francês. Constatamos que a proposição stolleriana também foi criticada por Jacques Lacan no contexto de sua elaboração da noção de semblante do seminário XVIII, que prevê uma espécie de relação entre os sexos. Por fim, defendemos que Lacan não recorre à diferença sexual nem a gênero visando defini-los, mas entra nesse debate privilegiando a relação entre um sexo e outro enquanto impossível, concepção que é subsumida na expressão diferença dos sexos e que foi tema tratado extensamente e com grande rigor de formalização em sua teoria da sexuação.


This work aims to examine a certain facet of the controversy that revolves around the terms difference of the sexes, gender and sexual difference in repercussion in the psychoanalytic field. Initially, it focuses on the incorporation of gender as an instrument of research on sexuality carried out by Robert Stoller. His thesis on the core of gender identity was analyzed by Judith Butler and served as a counterpoint to the development of his gender performativity notion. We follow the controversy concerning the notion of sexual difference in psychoanalysis. If, on the one hand, it is interpreted by gender studies as maintaining a binary norm that is contrary to multiplicity; on the other, there is the merit of safeguarding the term sex, precisely the one that is excluded from the spectrum contemplated by gender and is exalted by French feminism. We find that the Stollerian proposition was also criticized by Jacques Lacan in the context of his elaboration of the semblant notion in Seminar XVIII, which foresees a kind of relationship between the sexes. Finally, we argue that Lacan does not resort to sexual difference or gender in order to define them, but he enters into this debate favoring the relationship between one sex and the other as impossible, a concept that is subsumed in the expression of difference of the sexes, with great rigor of formalization in his theory of sexuation.


El objetivo de este trabajo es evaluar una faceta de la polémica en relación a los términos diferencia de los sexos, género y diferencia sexual con repercusión en el campo psicoanalítico. Inicialmente, trata sobre la incorporación de gender como instrumento de la investigación acerca de la sexualidad hecha por Robert Stoller. Su tesis a respecto del núcleo de identidad de género fue evaluada por Judith Butler y le sirvió de contra-punto para el desarrollo de su noción de performatividad de género. Acompañamos la polémica en relación a la noción de diferencia sexual en psicoanálisis. Si, por un lado, es interpretada por los estudios de género como mantenedora de una norma binaria que es contraria a la multiplicidad; por otro, tiene el mérito de resguardar el término sexo, justamente este que es excluido del espectro contemplado por género y es exaltado por el feminismo francés. Constatamos que la proposición stolleriana también fue criticada por Jacques Lacan en el contexto de su elaboración de la noción de semblante del seminario XVIII, que prevé una especie de relación entre los sexos. Por fin, defendemos que Lacan no recurre a diferencia sexual ni a género visando definirlos, pero entra en ese debate privilegiando la relación entre un sexo y otro mientras imposible, concepción que es ampliada en la expresión diferencia de los sexos y que fue tema tratado extensamente y con gran rigor de formalización en su teoría de la sexualización.


Ce travail a pour objectif d'examiner une certaine facette de la polémique autour de termes comme "différence des sexes", "sexes et différence sexuelle" en évidence dans le champ psychanalytique. Initialement, cet article concerne à l'intégration des sexes comme outil de recherche sur la sexualité mené par Robert Stoller. La thèse de Stoller sur le noyau de l'identité des sexes a été analysée par Judith Butler et lui a servi de contrepoint au développement de sa notion de performativité des sexes. On a suivi la polémique concernente à la notion de différence sexuelle chez la Psychanalyse. Si, d'une part, les études sur les sexes interprètent la différence sexuelle comme une norme binaire contraire à la multiplicité; de l'autre, elle a le mérite de préserver le terme "sexe", précisément celui qui est exclu du spectre envisagé par "genre" et exalté par le féminisme français. On a constaté que la proposition de Stoller a été également critiquée par Jacques Lacan dans le contexte de son élaboration de la notion de semblant dans le Séminaire XVIII, qui prévoit une sorte de relation entre les sexes. Enfin, on soutien que Lacan ne recours pas à la différence sexuelle ou au genre avec l'objectif de les définir. En fait, Lacan défend dans ce débat que la relation entre un sexe et l'autre est impossible, concept qui est englobé dans l'expression "différence des sexes", qui a été traité avec une grande rigueur de formalisation dans sa théorie de la sexuation.

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